Meu free walking tour em Washington

IMG_8406Em 2014, tive o privilégio de fazer uma viagem cultural pelos Estados Unidos, de costa a costa (veja aqui o vídeo). Foram dias muito intensos e agradáveis, de grande aprendizado e inspiração, conhecendo principalmente lugares históricos e significativos para a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Com o tempo, vou contando aqui algumas dessas experiências. Aprendi recentemente com minha sobrinha uma expressão nova: free walking tour, ou seja, um tour gratuito e a pé. Foi praticamente isso o que eu fiz em Washington, DC. Só não sabia que tinha esse nome (rsrs). A grande vantagem, em minha opinião, é que a pé você tem condições de curtir os detalhes da cidade. E como a capital norte-americana é um espetáculo arquitetônico, valeu muito a pena gastar os tênis por lá.

Nos free walking tour usuais, há guias e geralmente o tour é feito em grupos, mas eu fiz a caminhada sem guia e sozinho. Na verdade, eu estava com um grupo de amigos, mas, como fiquei encarregado de tirar as fotos, acabei ficando para trás, embevecido com a cidade e seus prédios sólidos, de tom amarronzado, lembrando imagens do Império Romano. Próximo ao famoso obelisco, vi barraquinhas onde se vendiam souvenires de todo tipo, especialmente camisetas, bonés, canecas e um de que eu gostei muito: uma reprodução em resina (ou algo assim) da Casa Branca, do Capitólio, do obelisco e outros monumentos, em miniatura. Uma lembrança muito bonita. Pensei: “Não sei quando (e se) voltarei aqui. Quer saber? Vou comprar.” Aí é que fiquei mesmo para trás, mas feliz com minha aquisição. Coloquei a maquete na mochila e segui em frente, tirando fotos e mais fotos.

Quando passei em frente à Casa Branca, confesso que tive uma pontinha de decepção. Ela é bem menor do que parece nas fotos e nos filmes, apesar de seus 50 quartos e várias salas. De qualquer forma, não deixa de ser emocionante e um pouco perturbador estar ali, em frente à sede do governo mais poderoso do mundo, guardada, evidentemente, por vários policiais armados e nem um pouco simpáticos.

A Casa Branca está localizada na Avenida Pensilvânia e o edifício foi construído entre 1792 e 1800. Ela vem sendo a residência executiva de todos os presidentes norte-americanos, desde John Adams. O projeto arquitetônico foi assinado pelo irlandês James Hoban.

Depois de tirar algumas fotos ali, continuei caminhando em direção ao Monumento a Washington, o famoso (e gigantesco) obelisco, no centro do Constitution Gardens. O monumento, construído entre 1848 e 1885, em homenagem a George Washington, tem quase 170 metros de altura e é a estrutura mais alta da cidade. É feito de mármore, granito e arenito, e chama atenção o fato de ter uma cor até certa altura e outra coloração dali até o topo. Depois entendi o porquê disso. Com o início da Guerra Civil Americana, os recursos para a construção tiveram que ser desviados para o campo de batalha. O prosseguimento das obras no obelisco teve que aguardar quatro décadas. Por isso o mármore difere em cor, nas duas partes. Parei para observar e tirar mais fotos e segui meu caminho.

O carro estava estacionada na Avenida Nova York. Havíamos combinado certa hora para nos encontrar todos lá junto ao carro, em frente a uma Starbucks Coffee. Era muita coisa para ver em pouco tempo. Mas foi suficiente para me apaixonar pela cidade, pela grandiosidade de suas construções, pela limpeza e pela organização.

Além do pouco tempo, lamentei muito outra coisa: não poder entrar no Museu de História Natural de Washington. Tive que me contentar com tirar uma foto nas escadarias em frente ao prédio.

Apesar do frio que fazia naquele dia ensolarado, eu estava suado e bastante cansado da longa e enérgica caminhada. Mas o free walking tour tinha valido a pena, e minha memória e o cartão da câmera ficaram cheios de boas recordações.

Michelson Borges

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